Habacuque – Capítulo 2
1 Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a
fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à
minha queixa.
2 O SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão, grava-a
sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo.
3 Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado
[Lv 23.4,5 ; Ap 11.18 ; Dn 8.19 ; Ec 3.1], mas se apressa para o fim e não
falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará.
4 Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo
viverá pela sua fé.
5 Assim como o vinho é enganoso, tampouco permanece o
arrogante, cuja gananciosa boca se escancara como o sepulcro e é como a morte,
que não se farta; ele ajunta para si todas as nações e congrega todos os povos.
6 Não levantarão, pois, todos estes contra ele um provérbio,
um dito zombador? Dirão: Ai daquele que acumula o que não é seu (até quando?),
e daquele que a si mesmo se carrega de penhores!
7 Não se levantarão de repente os teus credores? E não
despertarão os que te hão de abalar? Tu lhes servirás de despojo.
8 Visto como despojaste a muitas nações, todos os mais povos
te despojarão a ti, por causa do sangue dos homens e da violência contra a
terra, contra a cidade e contra todos os seus moradores.
9 Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos,
para pôr em lugar alto o seu ninho, a fim de livrar-se das garras do mal!
10 Vergonha maquinaste para a tua casa; destruindo tu a
muitos povos, pecaste contra a tua alma.
11 Porque a pedra clamará da parede, e a trave lhe
responderá do madeiramento.
12 Ai daquele que edifica a cidade com sangue e a fundamenta
com iniqüidade!
14 Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do
SENHOR, como as águas cobrem o mar.
15 Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando
à bebida o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar as vergonhas!
16 Serás farto de opróbrio em vez de honra; bebe tu também e
exibe a tua incircuncisão; chegará a tua vez de tomares o cálice da mão direita
do SENHOR, e ignomínia cairá sobre a tua glória.
17 Porque a violência contra o Líbano te cobrirá, e a
destruição que fizeste dos animais ferozes te assombrará, por causa do sangue
dos homens e da violência contra a terra, contra a cidade e contra todos os
seus moradores.
18 Que aproveita o ídolo, visto que o seu artífice o
esculpiu? E a imagem de fundição, mestra de mentiras, para que o artífice
confie na obra, fazendo ídolos mudos?
19 Ai daquele que diz à madeira: Acorda! E à pedra muda:
Desperta! Pode o ídolo ensinar? Eis que está coberto de ouro e de prata, mas,
no seu interior, não há fôlego nenhum.
20 O SENHOR, porém, está no seu santo templo; cale-se diante
dele toda a terra.
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