Jó – Capítulo 7
v.17,1 .. [2Tr/p.26]
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19 Até quando não apartarás de mim a tua vista? Até quando não me darás tempo de engolir a minha saliva?
1 Não é penosa a vida do homem sobre a terra? Não são os
seus dias como os de um jornaleiro?
2 Como o escravo que suspira pela sombra e como o jornaleiro
que espera pela sua paga,
3 assim me deram por herança meses de desengano e noites de
aflição me proporcionaram.
4 Ao deitar-me, digo: quando me levantarei? Mas comprida é a
noite, e farto-me de me revolver na cama, até à alva.
5 A minha carne está vestida de vermes e de crostas
terrosas; a minha pele se encrosta e de novo supura.
6 Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do
tecelão e se findam sem esperança.
7 Lembra-te de que a minha vida é um sopro; os meus olhos
não tornarão a ver o bem.
8 Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus
olhos me procurarão, mas já não serei.
9 Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à
sepultura jamais tornará a subir.
10 Nunca mais tornará à sua casa, nem o lugar onde habita o
conhecerá jamais.
11 Por isso, não reprimirei a boca, falarei na angústia do
meu espírito, queixar-me-ei na amargura da minha alma.
12 Acaso, sou eu o mar ou algum monstro marinho, para que me
ponhas guarda?
13 Dizendo eu: consolar-me-á o meu leito, a minha cama
aliviará a minha queixa,
14 então, me espantas com sonhos e com visões me assombras;
15 pelo que a minha alma escolheria, antes, ser
estrangulada; antes, a morte do que esta tortura.
16 Estou farto da minha vida; não quero viver para sempre.
Deixa-me, pois, porque os meus dias são um sopro.
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17 Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas nele o teu cuidado,
17 Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas nele o teu cuidado,
18 e cada manhã o visites, e cada momento o ponhas à prova?
v.17,1 .. [2Tr/p.26]
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19 Até quando não apartarás de mim a tua vista? Até quando não me darás tempo de engolir a minha saliva?
20 Se pequei, que mal te fiz a ti, ó Espreitador dos homens?
Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado?
21 Por que não perdoas a minha transgressão e não tiras a
minha iniqüidade? Pois agora me deitarei no pó; e, se me buscas, já não serei.
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